ANA PAULA MORENO GERMANO
DESAPARECIDA EM: 03/10/2009
Pai : SIMEI ETORE GERMANO
Mãe : SANDRA MORENO DE OLIVEIRA GERMANO
Nasc. em : 15/05/1986
Natural de : CARAPICUIBA/SP
Características :
OLHOS AZUIS - PELE BRANCA - CABELOS LOIROS
Citar : Queixa : 14775/2009 Unidade : DP BARUERI, BO :
6317/2009, BD : 3910
SANDRA MORENO MÃE DA ANA PAULA MORENO
Depoimento de D. Sandra Moreno, mãe da
Ana Paula Moreno, desaparecida em
03/10/2009
“No dia 03
de outubro de 2009 minha filha Ana Paula Moreno Germano, de 23 anos, saiu de
nossa casa na cidade de Carapicuíba (SP) às 5h30min para ir trabalhar,
cumprindo uma rotina que já fazia há quase dois anos. Ela entrava às 6h da
manhã em uma empresa no bairro de Alphaville, região de Barueri, São Paulo,
onde eu também trabalhava, só que no horário da tarde. Às 13h30min, quando
cheguei à empresa, descobri que Ana Paula não tinha aparecido no trabalho
aquele dia. Na mesma hora liguei para o seu celular, mas estava fora de área.
Minha filha mais velha, juntamente de seu esposo, foram me buscar para irmos a
empresa de ônibus conseguir com o setor de tráfegos um relatório do cartão de
passagem de ônibus, que naquele dia não havia sido usado. Como Ana Paula não
tinha dinheiro na carteira, ficou claro que não embarcou no ônibus. Em seguida
parti para as empresas de monitoramento da cidade, pois Alphaville tem muitas
câmeras de segurança. Tive acesso a todas as imagens daquele dia, ficando claro
que minha filha não chegou a passar pela região. Às 18h eu já estava dentro da
delegacia registrando o B.O (Boletim de Ocorrência), no dia seguinte fui a
D.H.P.P. em SP Capital, registrando a queixa, levei a foto dela para ser
colocado no site da polícia. Dos policiais das delegacias por onde passei ouvi
que eu já tinha levado 90% do trabalho pronto para a polícia. Até onde entendi,
restava 10% para a polícia fazer, mas que não tiveram a capacidade de realizar.
Da polícia tenho o B.O e mais nada. Não concederam nem a quebra do sigilo
telefônico da minha filha, talvez a única maneira de conseguirmos uma pista.
Sinto em mim
a dor de todas as mães dos desaparecidos, uma dor que nos enfraquece, que é a
dor da incapacidade. Nos sentimos incapazes diante de tanto descaso, com nossos
filhos sabe Deus onde, e nós sem poder fazer nada, esta dor é que nos aniquila.
Mesmo assim nós, mães de desaparecidos, lutamos, temos projetos, temos sonhos e
acreditamos que podemos mudar. Sei que são muitas as barreiras, que nem sempre
temos forças ou condições de continuar, mas não importa. O que importa mesmo é
a força e a fé que tenho que nós todas vamos vencer esta guerra. Para isso
precisamos da sua assinatura.
Meu muito
Obrigada,
Sandra
Moreno
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